Edith Rosenbaum Russell
1877 - 1975
Edith Rosenbaum Russell nasceu em 12 de junho de 1877 e morreu em 4 de abril de 1975, aos 98 anos.
Ela embarcou no RMS Titanic em 10 de abril de 1912, quando o navio fez a parada em Cherbourg, na França.
Ela escreveu o seguinte bilhete a um secretário que se encontrava em Paris, contando sobre o transatlântico:
“Sr. Shaw:
Este é o barco mais maravilhoso que você pode pensar. Em comprimento, ele atingiria a partir da esquina da Rue de la Paix até a Rue de Rivoli.
Aqui tem tudo que se possa imaginar: piscina, banho turco, ginásio, quadras de squash, cafés, jardins de chá, quartos para fumantes, uma sala maior do que o Salão do Grand Hotel, salas com grandes desenhos, e quartos com camas maiores do que do hotel Paris. É um monstro, e eu não posso dizer que gosto, pois eu me sinto como se eu estivesse em um grande hotel, em vez de em um navio acolhedor: todo mundo é muito rígido e formal. Há centenas de ajuda: os meninos com sininhos, camareiros e camarareias, garçons e elevadores. Para dizer a verdade ele é maravilhoso, é inquestionável, mas não tenho o mesmo sentimento acolhedor de outros navios que estive bordo em anos anteriores. Estamos agora saindo de Queenstown. Eu simplesmente odeio sair de Paris e será muito alegre e contente quando eu estiver de volta. Vou descansar muito nesta viagem, mas eu não consigo superar os meus sentimentos de depressão e premonição de problemas.
Como eu gostaria que fosse melhor!
Atenciosamente, Edith”
Antes de viajar, Edith havia tentado inúmeras vezes fazer um seguro de suas muitas bagagens, mas sempre foi convencida de que o Titanic era inafundável, e portanto, um seguro era desnecessário e uma perda de dinheiro.
Quando o navio bateu no iceberg, 4 dias depois de ter partido, Edith pôde ver o gelo passando na vigia de sua cabine. Durante o naufrágio Edith correu até sua cabine de primeira classe e pegou seu porquinho musical, o seu brinquedo favorito, o qual ela não largou nem na hora de embarcar no bote salva vidas Nº11.
O porco musical de Edith Russell
Quando o filme Titanic, de 1953, estreou, a revista ‘Life’ apresentou uma matéria intitulado de “Revendo memórias dramáticas para um filme” e ela foi fotografa com o vestido que estava vestindo na noite do nafrágio e com seu “porquinho da sorte”. Alguns anos depois da publicação desse artigo, Edith estava cruzando o Atlântico e acabou perdendo sua bagagem, e seu porquinho também, que estava dentro de uma das malas e várias outras lembranças que ela tinha do Titanic.
Edith na foto que tirou para a revista ‘Life’ com seu porquinho e o vestido que usava na hora do desastre
Nos seus últimos anos de vida, Edith viveu em um hotel em Londres, e era uma senhora excêntrica e rabugenta. Ela gastou seus últimos anos de vida processando funcionários e camareiras do hotel, que segundo ela, haviam lhe causado algum mal. Seu quarto era um ambiente imundo e ela não permitia que ninguém fizesse o serviço de limpeza. Edith Rosenbaum morreu em um hospital de Londres, em 1975. Após seu falecimento uma camareira disse a um jornal:
“Edith foi uma velha bruxa que nunca deveria ter cruzado meu caminho”
Em sua vida Edith passou por muitos incidentes. Além do naufrágio do Titanic, Edith sobreviveu a um outro naufrágio, a um acidente de carro e até a um tufão que passou pela região onde Edith morava na época. Edith nunca se casou e nunca teve filhos, e no mundo sobrou apenas dois primos de sua descendência.
4 comentários:
“Edith foi uma velha bruxa que nunca deveria ter cruzado meu caminho”
Nossa grossa essa mulher.Mais fora isso,belo post,eu já tinha ouvido falar da Sra. Edith,mais nunca parei para pesquisar sobre sua vida,falta de tempo é ruim.
muito bom
puxa, tanto acidente...
O titanic foi só um!
Mas não se deve desafiar a natureza, tudo o que existe pode acabar a qualquer momento mesmo nas condições melhor existentes.
muito bom
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